Quando o assunto é viagem de verão, além dos biquínis e protetor solar, a preocupação é colocar na mala tudo o que for para prevenção, como os absorventes internos, afinal, nenhuma mulher quer deixar de curtir a estação mais quente do ano devido à menstruação. No entanto, embora recorrer a esse produto seja comum, é preciso se atentar ao uso para evitar consequências à saúde e à vida.
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De aliado, o absorvente interno pode virar um grande “vilão”, resultando em Síndrome do Choque Tóxico (SCT). A condição rara é causada por uma infecção pelas bactérias Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes, que liberam toxinas que danificam os tecidos e, em casos mais graves, levar à falência de órgãos e amputação de membros, segundo a Mariana Betioli, CEO da Inciclo, marca de coletores menstruais.
“Essas bactérias estão presentes em várias partes do nosso corpo, mas se entram mais profundamente no organismo podem levar à morte”, explica.
A SCT também pode ser ocasionada por cortes ou queimaduras na pele, mas o uso de absorventes internos é o fator mais comum entre as mulheres, devido à composição desse tipo de produto, que contém diversas substâncias químicas que podem favorecer a proliferação das bactérias.
Mariana lista os sintomas: febre alta, pressão baixa, diarreia, vômito, confusão mental, dor muscular, manchas vermelhas na pele, mal-estar generalizado e dor de cabeça. Ao sentir esses sinais, é imprescindível retirar imediatamente o absorvente e contatar um médico — iniciar o tratamento imediato é essencial para evitar maiores transtornos a saúde.
Prevenção
Não é necessário deixar de usar o produto, mas algumas medidas de prevenção podem ser seguidas, como escolher opções de menor capacidade de absorção e realizar a troca a cada 4 horas — jamais utilizar por mais de 8 horas. Além disso, é preciso higienizar as mãos antes e após inserir o objeto na vagina. E, em caso de qualquer tipo de machucado, lavá-lo adequadamente e procurar um médico para evitar infecção.
“Durante a menstruação dê preferência para as calcinhas absorventes respiráveis ou coletores menstruais, visto que essas opções não têm produtos químicos e mantêm a vulva arejada”, recomenda a CEO da Inciclo.
Em caso de mulheres que já tiveram SCT, Mariana aconselha não fazer novamente o uso do produto interno e explica ainda que uma nova infecção pode causar a síndrome mais uma vez.